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Atividades econômicas e turísticas nas unidades de conservação marinhas devem seguir regras de preservação

publicado: 22/11/2023 08h00, última modificação: 21/11/2023 17h14
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o bioma marinho é uma transição entre os ecossistemas continentais e marinhos e sua área, no Brasil, estende-se por 4,5 milhões de km².
Atividades econômicas e turísticas nas unidades de conservação marinhas devem seguir regras de preservação

 

De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o bioma marinho é uma transição entre os ecossistemas continentais e marinhos e sua área, no Brasil, estende-se por 4,5 milhões de km². Nele, é possível encontrar uma rica biodiversidade que envolve manguezais, recifes de corais, costões rochosos, praias, falésias, ilhas, lagoas, restingas, brejos e estuários. Estes espaços são de suma importância para as condições climáticas, por produzir oxigênio, realizar a regulagem da umidade do ar, absorver o gás carbônico, além de ser fonte de renda e fornecer alimentos para diversas pessoas.

Na Paraíba, as unidades de conservação do bioma marinho são de competência estadual e administradas pela Sudema. São elas: o Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha (PEMAV) e a Área de Proteção Ambiental de Naufrágio Queimado. Ambas possuem uma rica biodiversidade e uma beleza exuberante com as suas piscinas naturais. 

“Com estas unidades de conservação, nós temos um espaço importante e protegido que vai desde Cabedelo até João Pessoa. É necessário entender a sua importância, quais são as atividades e as ameaças para que a gente consiga preservar”, comentou a coordenadora de estudos ambientais da Sudema, Maria Christina Vasconcelos.

Segundo ela, além da relevância ambiental, esses espaços são importantes fontes de renda para parte da população. “Há várias atividades rentáveis que acontecem neste espaço, desde a pesca por comunidades tradicionais ou de grande porte, até as atividades turísticas, gastronomia e artesanato”, acrescentou.

Tais ações, quando realizadas de forma desordenada, sem orientação e acima da capacidade que o local permite, podem desencadear a degradação do espaço e mais uma série de problemas ambientais. Tendo em vista estas questões, a Sudema realizou, no início deste mês, uma capacitação voltada para os profissionais que trabalham nas unidades de conservação do bioma marinho. Foram abordados temas como a preservação ecológica do bioma, a biodiversidade marinha e o desenvolvimento sustentável do turismo no litoral paraibano.

Durante o curso, os profissionais foram instruídos sobre o licenciamento dos catamarãs, as práticas de fiscalização e sobre o que é necessário para estar em dia com as suas obrigações ambientais.

“O curso tratou bastante da importância de repassar aos clientes os cuidados que devemos ter com a natureza, até para evitar que os turistas pisem nos corais como se fosse algo normal. Se não cuidarmos, esses espaços poderão perder a beleza e a biodiversidade que têm”, comentou a proprietária de catamarã Simone da Silva.

“Eu sempre procuro orientar o turista que está comigo a ter muito cuidado no Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha. Esse tipo de curso é importante para orientar e nos ajudar a repassar essas informações ao turista”, pontuou o também proprietário de catamarã, Flaviano Figueiredo, que marcou presença na capacitação.

Saiba o que é permitido e proibido nas unidades de conservação marinhas

É importante estar atento ao que pode e o que não pode nas unidades de conservação marinhas. Para se informar, acesse o site da Sudema através do link: https://sudema.pb.gov.br/informacoes-ao-cidadao-1/informativos-para-embarcacoes-1/areia-vermelha-e-naufragio-queimado/