COP 30: Sudema apresenta experiência do projeto Nascente Viva e defende licenciamento como forma de combate à desertificação da Caatinga

A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), apresentou nesta sexta-feira (14), na COP 30, em Belém (PA), a experiência de um dos seus principais projetos de reflorestamento: o Nascente Viva. A apresentação aconteceu durante o Momento Paraíba, realizado na Casa da Biodiversidade e do Clima, e teve como foco a importância do licenciamento ambiental como ferramenta de combate à desertificação na Caatinga.

Durante a apresentação, o técnico Manoel Victor Vidal mostrou o contexto de expansão das empresas de energias renováveis na Paraíba, principalmente nos segmentos solar e eólico. Foi exposto como o processo de licenciamento pode superar problemas de supressão vegetal, elevação de temperatura e desertificação ao prever medidas como estudos complementares, manutenção de reserva legal, reposição florestal, formação de corredores ecológicos e áreas protegidas.

A Sudema também apresentou o caso do projeto Nascente Viva, que tem reflorestado matas ciliares das nascentes e curso do Rio Paraíba. O técnico Itallo Harlan relatou a experiência. Até agora, 120 hectares receberam reposição e outros 80 estão em fase de implantação. No que se refere às nascentes, 10 já estão em recuperação ambiental e outras cinco estão em fase de implantação. O trabalho acontece nos municípios de Monteiro, Congo, Caraúbas, São Domingos do Cariri e Boqueirão e leva o plantio de espécies arbóreas e arbustivas nativas da Caatinga.

O reflorestamento é feito em parceria com empresas, por meio da compensação ambiental, e proprietários rurais com terras ao longo do curso do Rio. O trabalho se configura como um Sistema Agroflorestal (SAF), onde árvores ou arbustos são plantados em associação com a agricultura ou criação de animais realizadas naquele espaço.