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Mais segurança ambiental e comunitária na Pedra da Boca

publicado: 09/10/2024 14h55, última modificação: 09/10/2024 14h59
O Parque Estadual da Pedra da Boca, situado em Araruna (PB) está recebendo novos investimentos para tornar seu acesso mais fácil, seguro e confortável para visitantes, aventureiros e pesquisadores. A área ganhará uma sede, que trará melhorias na conservação e proteção ambiental, tudo em atendimento às exigências da Lei n. 9.985/2000, que rege as Unidades de Conservação de todo o país.
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O Parque Estadual da Pedra da Boca, situado em Araruna (PB) está recebendo novos investimentos para tornar seu acesso mais fácil, seguro e confortável para visitantes, aventureiros e pesquisadores. A área ganhará uma sede, que trará melhorias na conservação e proteção ambiental, tudo em atendimento às exigências da Lei n. 9.985/2000, que rege as Unidades de Conservação de todo o país.

Conforme explica a engenheira ambiental Natália Pessoa, presidenta da Câmara de Compensação Ambiental da Sudema, uma melhor organização das atividades desenvolvidas na UC fortalecerá o meio ambiente e dará mais segurança à região. “A Unidade de Conservação foi criada para proteger o patrimônio natural. Assim, se essas atividades ocorrem de forma desordenada, isso pode prejudicar a biota e os atributos do Parque, além de ser um risco em questão de segurança", comentou.

Pensando nisso, a construção da sede será o primeiro passo de uma série de melhorias previstas para o Parque. "Por não haver ainda uma sede no local, a gestão da Pedra da Boca tem sido feita de forma centralizada em João Pessoa, o que atrasa o atendimento das questões que podem surgir no local. Com a sede, essa gestão ocorrerá de forma mais fácil e eficiente", acrescentou a engenheira.

Com a construção da sede do Parque Estadual Pedra da Boca, a gestão será realizada no próprio local, gerando maior aproximação com a comunidade e capacidade de atendimento de demandas. A presença de uma gestão local também ajuda a coibir atos lesivos ao meio ambiente e permite o desenvolvimento de eventos e atividades educativas de interesse social e ambiental. Também será realizado o cadastramento e treinamento dos guias locais, para que os visitantes possam realizar as trilhas e o turismo de aventura de forma segura.

            Natália acrescenta também que a construção da sede se dará sem qualquer devastação ambiental e com o devido manejo da fauna e flora locais. Além disso, ela destaca a importância do cercamento do local, para evitar invasões e construções irregulares. O Parque é classificado como uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, não sendo permitido habitação ou permanência prolongada em seu perímetro. “Com essas medidas, conseguiremos dar maior segurança aos visitantes e proteger melhor a flora e a fauna, pois haverá mais segurança no sentido de saber quem está frequentando o local, de modo a evitar condutas que gerem danos ao patrimônio ambiental”.

            Será implementado ainda um plano de demarcação e de sinalização para todas as trilhas. “A sinalização vai explicitar os caminhos e o grau de dificuldade de cada trilha, com catalogação delas para maior acessibilidade, aumentando a segurança delas e também sua atratividade”, finalizou.

A sede também servirá de apoio para os trabalhadores do local, para o conselho gestor e para a população que utiliza o parque, além de um espaço para promoção de eventos e formações, orientação aos visitantes e alojamento para pesquisadores. O espaço contará ainda com uma área de camping para os visitantes.

A Pedra da Boca é, atualmente, um dos parques mais visitados da Paraíba, recebendo turistas de todo o Brasil, atraídos pelas formações rochosas de aspecto curioso e pela possibilidade de conhecer melhor a Caatinga paraibana através das trilhas e esportes de aventura. Além da Pedra da Boca, formação rochosa com 336 metros de altura que nomeia o parque e atrai praticantes de escalada e rapel, a UC abriga em seus 157,3 hectares outros patrimônios naturais, culturais, históricos e arqueológicos de interesse para visitantes e pesquisadores, como as diversas cavernas e pinturas rupestres que podem ser encontradas na região, além de um santuário que atrai turistas por seu aspecto religioso, sendo destino de romarias e missas recorrentes.