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Encontrou um animal silvestre em área urbana? Saiba o que fazer
Os animais silvestres são espécies que vivem na natureza e não possuem contato com os humanos, a exemplo da arara-azul, alguns tipos de répteis, jabutis, entre outros. Esses animais, ao serem retirados do seu habitat, podem ter dificuldades para crescer e se reproduzir.
A prática de cuidar destas espécies em casa não é nada benéfica, pois isso pode gerar uma dificuldade ao animal de reconhecer sua própria identidade, bem como o perigo de transmissão de doenças, como malária e febre amarela.
Quem cria estes animais de forma ilegal em residências, pode realizar a entrega voluntária diretamente à Polícia Militar Ambiental ou ao Ibama, sem que haja a aplicação de multa. Já nas situações de denúncias, pode ocorrer a autuação e aplicação de multa, que pode variar entre R$500,00 a R$5.000,00, a depender da espécie.
Em 2023, houve um avanço na busca de informações para a entrega voluntária de animais silvestres. Entre os meses de outubro e dezembro de 2023, foi solicitado o recolhimento de 32 animais, entre eles jabutis e diversas espécies de pássaros. É importante ressaltar que as ações de educação ambiental influenciam diretamente nessas iniciativas, por trabalhar com a comunidade a temática do tráfico de animais. A partir desse contato, as pessoas optam pela entrega das espécies.
“Nessas ações de educação também podem ocorrer entregas voluntárias diretamente com a Sudema. Isso é bem comum quando você trabalha a temática de tráfico porque tem muita gente que ainda não sabe dessa realidade, da possibilidade de uma multa e de realizar a entrega”, disse o médico veterinário da Divisão de Fauna da Sudema, Glenison Dias.
Assim, sempre que encontrar um animal silvestre em área urbana, o procedimento apropriado é solicitar o resgate via 190, jamais tentando fazer a captura do animal por conta própria. Entre as espécies que, frequentemente, necessitam de resgate estão as aves de rapina, timbus, saguim, jibóias e salamantas.
“Aqui na nossa região, a gente tem pequenos animais que chegam a interagir com áreas mais urbanizadas e que vão precisar de resgate. Nos casos de pequenas aves, muitas vezes elas batem no vidro ou caem de um ninho e precisam de resgate. Também podemos citar os saguis, devido à aproximação deles das casas, onde acabam se alimentando de alimentos e desenvolvendo algumas doenças ao interagir com as pessoas”, comentou Glenison.
Para as operações de resgate, é necessário acionar o Disque 190. A equipe irá até o local recolher o animal que será destinado ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), onde ele será tratado e avaliado para que seja feita a soltura na natureza.